Era uma bela manhã de primavera. O sol brilhava claro no céu, os pássaros cantavam uma bela sinfonia, o riacho chiava suave e calmo, e o vento soprava uma brisa leve e fresca. Alexya havia escapado de mais um dia de treinamento com seu avô para colher flores no bosque. Seu avô era um bom homem e a tratava com muito carinho, mas, estes treinos com armas e armaduras eram cansativos. Ela gostava das histórias que ele contava, sobre quando era um aventureiro que viajava pelo mundo, sobre os monstros e os tesouros, mas acima de tudo, do mundo fora da pequena aldeia onde Alexya havia nascido e vivido até hoje.
Já devia ser hora do almoço, pois, seu estômago já ansiava pelo suculento pernil que ela sabia que a esperava. Enquanto voltava para sua casa Alexya ouviu algo. Não sabia exatamente o que, mas, tinha a impressão de que não eram os animais do bosque. Parecia um som distante a princípio, porém, sua intensidade aumentava. Parecia aproximar-se. Ficava mais nítido. Eram vários sons diferentes. Aparentemente os sons vinham de sua aldeia.
Alexya teve um mau pressentimento e correu para sua aldeia. Os sons agora ficavam bem mais claros e distintos. Eram sons de batalha. O som de aço batendo em aço acelerou o passo de Alexya. Sua aldeia estava sendo atacada! Alexya chegou quase ao mesmo tempo que os atacantes. Ela correu até sua casa e suspirou aliviada ao perceber que eles ainda não haviam chegado a ela. Seu avô já a esperava vestindo sua armadura e com sua espada desembainhada. Ele entregou a ela outra armadura e uma espada, e disse que eles deveriam proteger a aldeia.
Ambos partiram sem demora para o centro da aldeia com o propósito deter os invasores. Eles não eram muitos, mas, os aldeões estavam apavorados. A maioria nunca usou um arma e os ferais já as usavam a muitas eras. Eram cerca de vinte ferais contra um punhado de aldeões aterrorizados, mas, felizmente Alexya e seu avô chegaram bem a tempo de salvá-los de uma morte cruel. Para Alexya tudo estava acontecendo muito rápido e ela não parecia acompanhar seu idoso avô. Ele se move muito rápido para um homem de idade, pensou ela, quando chegaram aos atacantes.
O avô de Alexya já estava sobre os invasores quando Alexya viu o primeiro feral. Alexya quase não conseguiu desviar-se do machado da criatura devido ao susto e a emoção de sua primeira batalha real. Mas o susto a acordou de seus pensamentos e ela percebeu que os treinos haviam valido à pena. Ela sabia o que fazer e quando fazer, e o feral surpreendeu-se quando teve a barriga perfurada pela espada da jovem. Alexya não percebeu quando instintivamente partiu para o próximo inimigo, inconscientemente sabendo que já havia derrotado o primeiro oponente.
O combate com o segundo feral foi bem mais demorado. A criatura nojenta havia visto o que ela fizera a seu companheiro e decidiu que não deveria menosprezar a garota apesar da aparência dela. Alexya desviou-se do primeiro golpe de machado do oponente e aparou o segundo com a espada, e logo almejou o peito do oponente, mas a criatura bloqueou o ataque com o cabo do machado e desferiu um soco violento contra o rosto de Alexya. Ela foi pega de surpresa pelo golpe e sentiu o gosto de seu próprio sangue pela primeira vez, bem como uma dor muito intensa no maxilar.
O feral, sentindo-se vitorioso, mirou o golpe de seu machado contra o abdômen de Alexya. Ela se recuperou do soco e não percebeu quando seu corpo agil por instinto e bloqueou o golpe com a espada e já preparava o contragolpe contra o abdômen de seu oponente. O feral bloqueou o golpe, mas, não esperava a retribuição do soco em seu focinho, privando-lhe do equilíbrio, e garantindo assim a abertura em sua defesa que a garota soube aproveitar com um corte profundo em suas costas. A criatura praguejou algo inaudível enquanto seu corpo caía rumo ao chão de terra batida.
Alexya virou-se para procurar pelo avô e surpreendeu-se ao perceber que ele já havia abatido oito deles. A jovem se perguntava como um homem com mais de cinqüenta anos poderia ser capaz deste feito, mas seus pensamentos foram interrompidos por mais um oponente. O feral balançava seu machado de forma violenta e aleatória. Alexya quase não conseguiu esquivar-se do golpe rápido da arma que visava sua cabeça. A jovem preparou seu golpe.
ai ai... Esse ficou ótimo...
ResponderExcluirsó quero ver como este vai termninar... Ôo
esperando esperando...
Abater orcs nem é tão difícil, mas quando se trata de um senhor é no mínimo surpreendente.
ResponderExcluirDeixamos claro... que quando se trata de uma garota e um senhor é sempre surpreendente =P
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