Ambos pararam e montaram acampamento. Já estava escuro, a chuva havia parado, e a fogueira já estava acesa. Os últimos preparativos já estavam em seus finais, quando Faust quebrou o silêncio mais uma vez.
- Ele já deveria ter voltado.
- Você se preocupa demais garoto. Lembre-se de quem ele é.
- Acho que o senhor esta certo.
Subitamente ambos perceberam que a fogueira queimava com uma intensidade anormal. O fogo estava grande demais, quente demais, vermelho demais. Rapidamente alcançaram suas armas e esperaram.
Das chamas surge um homem feito de fogo, mas em poucos segundos o fogo volta ao normal e revela um homem alto, magro, de cabelos longos e negros, vestes negras com várias runas em um verde doentio e brilhante, bordado com detalhes em ouro em suas bordas. Luvas metálicas de um brilho levemente esverdeado. Uma máscara de porcelana branca cobria seu rosto, apresentando feições de um sorriso macabro e diabólico.
- Por Pentar! Não seja tão espalhafatoso Zado!
Faliel e Faust abaixaram suas armas assim que reconheceram o companheiro.
- Me perdoem a... Foi maravilhosa esta perfomace não foi meus queridos?
A voz de Zado era bela e sonora, porém carregada de uma malícia rivalizada por poucos.
- Evite este tipo de coisa Zado. Nem todos somos pacientes com brincadeiras em excesso.
- Porque toda esta raiva querido Faust? Não esta feliz em me ver? Posso ir embora se você quiser...
- Deixe esta conversa feminina de lado Zado! Trouxe o que eu lhe pedi?
- Ah, mas estamos muito rabugentos hoje Faliel. Dependendo do que eu ganhar eu posso ter trago. O que você pode me oferecer?
- Pare com esta conversa afeminada Zado! Trouxe ou não?!
- Hahahahahahaha... Você me diverte Faliel. É tão lindinho quando irritado...
- Seu depravado filho de uma...
Faliel foi silenciado por Faust que apenas assistia a estranha conversa.
- Zado, já basta. Responda seu companheiro, e pare com estas brincadeiras, pois, não gostamos deste tipo de diálogo.
- Tudo bem Faust. Vou parar de brincar com seus sentimentos másculos e viris... Sim velho. Trouxe sua maldita caixa.
Zado apresentou uma caixa quase tão alta quanto ele, e quase tão larga. Feita de madeira robusta e lustrosa, trancas de ouro e um pequeno entalhe com a cabeça de um leão em sua tampa. Faliel pegou a caixa e se retirou para sua tenda.
Após alguns minutos todos os três estavam novamente frente a frente.
- Então chegaremos ao templo quando?
- Daqui a dois dias Zado. Espero que tenha vindo preparado.
- Eu sempre estou preparado. Aliás, isto me lembra que devo me recolher para descansar, afinal, ainda preciso estudar minhas magias para esta missão. Com licença lindos.
O mascarado caminhou até sua tenda e não mais voltou até a manhã. Apenas Faliel e Faust ficaram para seu jantar e para guardar o acampamento. Entre a mordidas de suas refeições eles voltaram a conversar.
- Ele me dá nojo.
- Ele é nosso companheiro senhor.
- Ainda sim. Não poderia ele conversar como um homem?!
- Ele sempre foi assim, desde quando nós o conhecemos. Piorou depois daquilo.
- Somente um homem depravado como ele poderia conseguir aquilo. Imortalidade. Mas o preço...
- Realmente.
- E tudo porque estávamos lutando naquela maldita guerra. Nunca precisaríamos ter ficado sabendo daquilo se não estivéssemos no abismo.
- Eu ainda acho que ele pagou um preço alto.
- E eu acho que ele adorou cada momento.
- Não sei. Ele sempre foi mulherengo, mas...
- Eu sei. Ainda sim eram criaturas demoníacas.
- Algumas eram belas, mas outras eram asquerosas.
- Trinta e sete! Como, em nome dos deuses, ele aceitou fornicar com todas as trinta e sete filhas da general? Algumas delas pareciam mortas por semanas!
- Mas algumas poderiam facilmente roubar até mesmo a fúria de um deus!
- Sim... Mas o que me intriga foi que ele gostou! Como ele conseguiu funcionar com a mais velha, por exemplo?! Ela era mais horrenda do que o cadáver apodrecido de uma bruxa mutilada! E tinha mais feridas do que uma leprosa! E ainda fedia a pus!
- Não sei explicar senhor. Mas só de lembrar dessa já me fez perder o apetite.
Ambos os homens riram. E não notaram a figura magra e alta que os observava de sua tenda. Por detrás de sua máscara Zado sorriu e salivou antes de sussurrar.
- Meu apetite por poder não conhece fronteiras...
O jeito meio depravado do Zado, AMEI!
ResponderExcluirFranko,
ResponderExcluira cada post mais agrada sua obra.
aguardando pra continuar lendo.
O Zado é como a maioria dos homens: bem pouco seletivo.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Com exceção do elfo do post anterior, é teu melhor personagem.
Continua logo, Samurai.
O.o'
ResponderExcluirComo assim?! Era pra ser um personagem detestável! X.X
Detestável? Ele é cômico, sarcástico, amoral... perfeito.=)
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