quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Martelo das Tempestades

Faust empurrou o pesado portal de pedra. Era uma tarefa árdua até mesmo para alguém com sua força. Ajudado por Faliel e Zado, o portão finalmente cedeu e a luz das tochas iluminaram a câmara pela primeira vez em milênios. Era uma sala grande, com várias peças de arte espalhadas pelas paredes cobertas de teias. O chão estava bem empoeirado e pequenos animais e insetos fugiram dos aparentemente ensurdecedores ruídos que os três faziam.

Zado estava maravilhado com a quantidade de riqueza da sala. Livros, tomos, pergaminhos, jóias, quadros, estátuas, pedestais. Tudo chamava a atenção do mago, mais por seu valor histórico do que por seu valor monetário. Faliel olhava indiferente para toda essa quinquilharia inútil. Faliel sempre foi um homem prático, e um homem da guerra. Nunca tivera tempo para arte e história, e não sentia falta deste tempo. Tempo que foi investido em algo mais proveitoso, como ele gostava de pensar, em aprimorar suas já surpreendentes capacidades de combate.

Faust procurava algo bem mais específico. Seus olhos buscaram rapidamente até encontrar o que buscava. Em um altar de mármore no fundo da sala ele avistou o que procurava. Um globo de um material estranho, um tipo de metal que parecia sugar toda a luz que o atingia. Em seu interior rodopiavam nuvens turbulentas e tempestuosas que pareciam avisar sobre uma grande tempestade que estaria ainda por vir. O Martelo das Tempestades! Após uma década de buscas ele finalmente encontrou a arma que lhe garantiria a possibilidade de realizar seus sonhos. Faust se permitiu esboçar um discreto sorriso, detalhe que somente Faliel percebeu.

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