domingo, 20 de setembro de 2009

Revelações

Os três entraram na simples cabana. Alexya, seu avô, e o estranho visitante.

Assim que entrou, o visitante retirou seu capuz, revelando um rosto masculino de grande beleza. Cabelos loiros longos e finos, olhos dourados quase metálicos, nariz fino e nobre, boca bonita e sincera, queixo firme, pele levemente bronzeada, orelhas longas e pontiagudas com dois brincos de pedras esverdeadas e reluzentes. Um exemplar de grande beleza de um jovem elfo.

Alexya olhou admirada. Era a primeira vez que ela via um elfo. E também era a primeira vez que ela via um homem tão belo. Mesmo com o manto que ainda cobria seu corpo e suas roupas, era perceptível que ele tinha um porte físico capaz, atlético, forte.

- Bela cabana Leolaf. Simples, principalmente para alguém como tu, mas ainda sim aconchegante. Vejo que realmente tens o dom para a carpintaria.

- Sinta-se em casa Capitão. Sente-se, lhe trarei um pouco de chá.

- Obrigado Leolaf.

O estranho sentou-se à simples mesa da cozinha.

Alexya não estava conseguindo se conter. Esta era uma novidade que ela poderia contar para as amigas por dias.

- Capitão?! Você é um soldado?

- Alexya! Não seja rude.

- Tu não sabes quem eu sou jovem?!

Alexya agora olhava para o visitante com uma expressão de dúvida.

- [Leolaf. Você não contou a ela?!]

- [Nunca achei que fosse ser necessário.]

- [Pois agora é mais necessário do que nunca! Eu mesmo contarei então!]

- [Não!]

- [Não?! Prefere privá-la da verdade?]

- [Eu... Entendo. O faça com calma. Será um grande choque para ela.]

- O que vocês estão falando?! Porque estou sendo deixada de fora? Que idioma é esse que vocês estão usando?

- Vejo que também não conheces o idioma élfico jovem Alexya.

- Élfico?! Vovô! Porque você não me ensinou élfico?!

- Não se preocupes jovem, explicarei tudo.

Leolaf trouxe o chá para a mesa e sentou-se em uma das cadeiras. O visitante tomou um gole do chá e se levantou.

- Meu nome é Nuque¹ Ruavellian². Encantado em conhecê-la jovem Alexya.

O elfo estendeu uma das mãos a Alexya enquanto fazia uma elaborada reverência. A jovem não sabia exatamente como se comportar e entregou sua mão direita ao visitante.

Nuque beijou de forma plácida e carinhosa a mão de Alexya, que ficou sem saber exatamente o que deveria fazer.

- Leolaf, gostaria de pedir tua permissão para escoltar a jovem Alexya em um passeio nesta bela tarde. Isto é, se esta permitir que eu assim o faça.

- Sou o avô dela, não o guardião. Mesmo que você tente algo, ela saberá se defender.

- Neste caso vovô, eu vou passear com ele. Tenho algumas perguntas...

- Voltaremos logo Leolaf. Apenas gostaria de explicar as coisas a ela de modo mais cordial.

- Não se preocupe senhor Nuque, como disse meu avô, eu sei me defender.

- Por favor, senhor não. Sou jovem demais para tal prefixo. Chame-me apenas de Nuque.

A jovem sorriu e saiu da cabana. O elfo a seguiu após alguns segundos, e assim ambos partiram para o bosque.

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Texto em Azul: Tradução do élfico;

¹: Traduzido do élfico (Esperança Perdida);

²: Traduzido do élfico (Senhor da Lâmina Estelar);

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