quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lama e Sangue

Já era noite. Eles estavam acampados a pouco mais de uma hora. Sua refeição estava quase pronta.

- Faliel, qual é o cardápio para esta noite?

- Carne seca, queijo, pão, batatas assadas...

- Ah... Uma das coisas que eu mais detesto nestas viagens... A comida nunca é refinada. Parece até que estou me alimentando em um acampamento militar...

- Por que então, ao invés de reclamar Zado, você não ajuda a cozinhar algo?

- Porque, meu caro Faliel, minhas mão foram feitas para a arte, e não para ser um grumete de viagens.

- Mas bem que você poderia ajudar com algo Zado. Acredito que Faliel apreciaria sua ajuda quanto à nossa alimentação.

- Até melhor assim garoto. Tenho medo de que ele use legumes que ele tenha usado para outros fins antes de prepará-los. Hahahahahaha...

Os três homens riram da piada e sentaram-se à volta da fogueira para seu jantar de viagem. Em meio à refeição, Faust percebe algo estranho. Ao olhar para Faliel, percebe que ele também parou de comer. Ambos observaram seus arredores. Sendo combatentes experientes, eles reagiram rapidamente à emboscada.

- Emboscada!

Faust já estava empunhando sua espada quando as primeiras azagaias chegaram ao seu destino. Foi fácil desviar-se delas. Faliel alcançou sua arma logo após isso. E Zado ainda estava levantando-se quando um dos projéteis feriu-lhe o braço esquerdo.

Tão subitamente quanto seu primeiro ataque, os oponentes saltaram de suas coberturas para atacar o trio em combate direto. Eram criaturas grandes, pesadas, de músculos poderosos, garras afiadas, mandíbulas poderosas, pele escamada, e olhos amarelados inteligentes e sagazes. Portavam lanças pesadas e escudos largos. Vestiam armaduras de metal adaptadas ao seu corpo longo e massivo.

Faliel gritou assim que percebeu:

- Dracotauros! Zado! Ache o Xamã!

- Estou trabalhando nisso velhote!

- Garoto! O grandalhão!

- Sim senhor!

E Faust então parte com velocidade e fúria de um trovão contra o inimigo que era visivelmente maior e mais forte que os outros. Esta criatura vestia uma armadura bem trabalhada, pesada, firme. Portava uma espada grande o suficiente para empalar um cavalo da cabeça às ancas. Ele também usava um elmo pesado, brilhante, e ornamentado com penas negras, brancas, e vermelhas, imaculado pela lama do pântano.

O trio não estava em uma boa situação. Foram pegos desprevenidos por um grupo grande e bem preparado.

As chamas da fogueira tingiam de dourado as poças de água em meio ao lamaçal. Logo, seriam poças de sangue.

4 comentários:

  1. Zado muito se faz de rogado, primeiro a ser ferido, se falasse menos...hoho vai ver que é fraqueza, por causa das inúmeras perversões.
    A espada com rugido de leão vai fazer falta para Faliel. =/
    Finalmente posso dizer que estou esperando pelo próximo capítulo. Aposto que metade do sangue que vai tingir as poças serão de Zado, o cara demonstra menos habilidade que os companheiros. (pra contraria a Kat)

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  2. Caraca, Dracotauros não tem a menor noção de luta limpa. Atacar assim de surpresa.¬¬
    Owwwww Samurai, o Zado tinha que ser o primeiro a ser ferido?=/
    Deivi, ele mesmo explicou para qual finalidade suas mãos foram feitas.=p

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  3. Luta justa é algo complexo para criaturas bestiais e brutais... XD
    Mas Sacerdotiza, ele é o menos experiênte em batalha, e tb, é o alvo mais "fácil" por não usar armadura e talz...
    hahahahahahaha...
    O Deivisson já tá contrariando a Sacerdotiza...
    Parece até um irmão mais novo... XD
    E verdade... O Rugido vai fazer falta... Muita!

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