quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Companheiro

Ambos estavam na estrada a dois dias. Nuque contava a Alexya sobre as coisas do mundo, sobre a academia, sobre os reinos, e ensinava uma ou outra palavra em élfico para sua irmã. Alexya especulava tudo. Desde nomes de flores, até grandes figuras das cortes.

- Qual é o nome da cidade à frente?

- Água-Calma.

- E por que vamos para lá?

- Porque é onde eu encontrarei o meu velho companheiro de academia.

- E quem é esse misterioso companheiro?

- Trevor. Ele é um guerreiro competente. Uma muralha ambulante. E de um coração tão belo quanto a arma que porta.

- É um elfo também?

- Não não. Ele é um humano. Era meu único amigo na academia. E eu era o único amigo dele. Éramos inseparáveis.

- Eram? O que aconteceu?

- Nos graduamos. Eu voltei para casa, e ele foi a busca de aventura. Combinamos de nos encontrar em Água-Calma depois de um ano.

- Então vocês ainda são amigos?

- Claro! Eu confiaria a minha vida a ele. Sem pestanejar!

- Acho que vou gostar de conhecê-lo então...

- Eu espero que vocês se dêem bem. E espero que ele também esteja bem. Vamos. Estamos chegando, e eu estou ansioso para rever meu irmão em armas.

- Vamos sim. O último a chegar é a mulher do orc caolho!

E Alexya parte em disparada rumo à cidade obrigando Nuque a persegui-la enquanto gritava para que ela o esperasse.

2 comentários:

  1. Amizade entre elfos e humanos nunca foi uma boa idéia.=/

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  2. Gostei da discrição do tal "Trevor", principalmente:
    "E de um coração tão belo quanto a arma que porta."

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