Os três haviam partido de seu acampamento. Estavam Faust e Zado montados, e Faliel correndo. Faust mantinha um trote leve, belo, digno de um cavaleiro com anos de experiência. Zado acompanhava em uma velocidade equivalente, mas sem a mesma habilidade. Faliel corria enquanto entoava canções antigas de batalha e feitos do passado. Faust não podia deixar de sorrir todas as vezes que ouvia Faliel cantar. Ele poderia ter sido um grande bardo, pensava Faust, se não tivesse escolhido o caminho da guerra, seu companheiro poderia ser um homem rico pela arte. Zado foi o primeiro a falar algo.
- Como você consegue cantar e correr ao mesmo tempo velhote? Com a sua idade, sua armadura, e este terreno, você deveria se concentrar em não cair.
- Há! Você não entende nada pervertido! Cantar faz o tempo passar mais rápido. Eleva o espírito. Prepara nossos corações para feitos de bravura e grandeza. Além de ser algo que mantém minha mente afiada. Enquanto acompanho sua velocidade, ainda tenho que me preocupar com a letra, o ritmo, e a entonação. Em um combate é similar. Além do aço cruzando o ar, temos que nos preocupar com o que acontece à nossa volta. Com o próximo golpe, a próxima defesa, mudanças de postura do inimigo. Enquanto luto, minha arma é minha letra, meus movimentos são minha melodia, meu objetivo é minha inspiração. Luto como um poeta, e não como um garoto assustado.
- Boa resposta senhor! Você deveria apreciar mais a arte Zado.
- Eu aprecio. Mas é realmente estranho ouvir algo assim deste velho. Ainda mais em uma voz tão bela. Um talento jogado fora. Ele poderia estar entretendo um salão real.
- Não tenho a postura de corte mago. Sou um homem simples. Vocês que são meus companheiros são platéia mais que suficiente.
- Mudando de assunto senhor. O que acha que devemos fazer?
- Seguiremos rumo ao sul garoto. Para a tumba que você disse ter descoberto. Vamos averiguar se é real.
- Entendido senhor. Apressemos-nos então. Enquanto isso... Por favor, cante a Balada do Soldado Eterno!
- Uma das minhas favoritas meu caro Faust! Vamos Faliel meu colibri de aço. Cante para nós.
- Que seja então garotos!
E eles seguiram caminho, com Faliel cantando e correndo.
Pra começar acho que Faust e Faliel tem um caso.=x
ResponderExcluirE meu colibri de aço foi por demais irônico. kkkkkkkkkkkkkk
hahahahahahahaha... Os dois tem um caso foi barra pesada!
ResponderExcluirIronia?! Do Zado?! Magina...
Não entendi a ironia. o.O
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