Um golpe forte. Duas defesas rápidas. Outro golpe poderoso. Dor. Sangue. Seu sangue que escorria pelas frestas de sua armadura pesada. O combate estava ficando desfavorável. Faust já havia sinalizado à Faliel seu intuito. Bastava agora criar a abertura para sua manobra. Seria fácil se não houvesse tantos deles. Ele precisaria lidar com os que estavam á sua volta primeiro.
Zado estava ficando sem magias. Já havia incinerado uma dezena das criaturas, mas ainda sim estava sendo cercado por elas. Seu corpo já havia sido ferido em vários lugares e isto estava afetando sua concentração e sua mobilidade. Se um dos seus companheiros não vier em seu auxílio, ele será um alvo fácil para os inimigos.
Faliel percebe que algo esta anormal. Os oponentes são muito numerosos, bem treinados. Algo não está certo. Zado esta em situação complicada. Rodeado de inimigos ele é quase tão indefeso quanto uma criança. Faliel precisa ajudar seu companheiro, mas a única forma de fazer isso lhe impediria de ajudar Faust em sua manobra. Pelo menos inicialmente, sua tendência seria deixar o feiticeiro ser massacrado, mas, seu líder desaprovaria. O cavaleiro negro teria que esperar. Ele precisa do mago vivo. Faliel detesta ter que recorrer ao seu dom dos tempos de nômade, mas não há outra maneira.
- Pentar! Eu lhe suplico! Feche meus olhos com a escuridão de meu passado!
Ouvir estas palavras sempre alertava Faust de que Faliel estaria indisponível por alguns minutos. Zado deveria estar encurralado para ele se valer deste poder.
Zado já tinha uma opinião mais profunda. O estado de espírito que o sacerdote invocava era muito perigoso. Perigoso o suficiente para que ele não tivesse plena confiança nas ações do companheiro. Ele sabia que haveria uma montanha de corpos quando ele parar de lutar, mas isso também significava entrar em um coma induzido por mais de uma semana. Era uma das poucas coisas que aterrorizava o feiticeiro. Os olhos negros e sem vida de seu companheiro traziam a morte, de tudo e de todos. Apenas Faust conseguia segurá-lo nestes casos, e mesmo assim a custos elevados.
Os olhos de Faliel escureceram. Sua boca abriu em um rugido bestial e primitivo. Seus músculos estalavam em espasmos súbitos e monstruosos. Ele saltou em direção dos inimigos. Sua maça era tão poderosa que era possível ouvir os ossos das criaturas estilhaçando sob sua carne. Os golpes de seus punhos eram duros como aríates. Sua velocidade era inumana. Monstruoso. Nem mesmo o couro resistente dos dracotauros resistia ao impacto dos ataques do sacerdote em transe profano.
O terror se espalhou entre as criaturas. Apavoradas, elas buscavam parar o sacerdote. Suas mentes primordiais sabiam que ele era a maior ameaça ali. Um predador natural para eles que não tinham um predador. Mesmo aqueles que estavam em combate com os outros passaram a buscar uma maneira desesperada de parar aquele humano, antes que ele voltasse sua atenção a eles.
Finalmente o Faliel mostrou que serve pra alguma coisa. Deveria fazer isso mais vezes e parar de viver à sombra do Faust.
ResponderExcluirE por causa do pudor em usar poderes tão fabulosos quase deixa a coisa fofa do Zado morrer.¬¬
Sacerdotiza... Ele não faz isso pra não ser perigoso para os dois...
ResponderExcluirE coisa fofa foi sacanagem...
hauhauahuahauhaua