segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Decisões

Ambos voltaram à cabana. Já era final de tarde, e o sol se escondia vagarosamente ao oeste. Alexya parecia diferente, calada, pensativa. Nuque estava também calado. Após entrarem Alexya dirigiu-se a seu avô.

- Vovô... Quero que me conte a verdade. Toda a verdade.

O idoso homem sentou-se à mesa.

- Vejo que não tenho mais como esconder isto de você Alexya. Pois bem.

Alexya olhava para o homem já sabendo o que iria ouvir, mas ainda sim interessada nos detalhes.

- Seu pai não esta morto como eu havia lhe contado. Ele esta vivo, sendo um dos homens mais influentes e poderosos do grande reino de Finnian. Ele foi o responsável pela morte de sua mãe, e por isso, eu nunca permiti que ele pudesse colocar você também em perigo.

- Como ele causou a morte dela?

- Seu pai tinha muitos inimigos. E durante um ataque ao forte que ele ocupava, sua mãe foi morta pela lâmina de um destes inimigos. Ela era uma guerreira competente e poderia ter sobrevivido aquela batalha sem grandes problemas, mas seu pai preferiu usar sua mãe como escudo para vencer a batalha.

- Você tem cer-certeza disso?

- Eu estava lá. Eu vi tudo. Mesmo com toda a gritaria, em meio ao som de aço contra aço, eu pude ver tudo. Minha filha foi sacrificada.

- Entendo vovô. E por isso você me criou aqui, longe dele e de sua crueldade.

- Eu fiz o que pude...

- Tudo é muito novo para mim. Preciso de um tempo para assimilar tudo.

- O que pretende fazer minha neta?

- Vou encontrar-me com meu pai. Ouvir o lado dele da história. E só então me decidirei sobre o que é ou não real.

- Entendo... Você precisará de ajuda.

- Eu a escoltarei Leolaf. Tem minha palavra de que não deixarei que nada de mal aconteça a minha irmã.

- E eu espero poder acreditar em suas palavras. Pois bem. Antes de partir então, você precisará de equipamentos para a jornada Alexya. Venha comigo.

Leolaf se levantou e rumou para fora da cabana seguido por Alexya. Ambos seguiram até a pequena oficina do homem.

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